segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Prólogo de A Saga do Menino Dragão - Livro I - Olhos de Dragão de Gabriel Valeriolete


A todos que me ajudaram este livro deixo,
Este é o fardo que sempre carreguei em meu peito
É a realidade com que tive de conviver.
A realidade de um monstro ser,
Contra seu próprio interior ter
Que lutar, no fundo contra você.

Se estou aqui,
É porque uma história tenha para ti,
Uma história de medo e terror,
De esperança, força e amor,
De frustrações,
E, sobretudo, de maldições

A morte meu nome sempre clamou
E eu muito queria atende-la,
Nenhum amigo me sobrou,
A minha família se dizimou
E só o que me sustenta agora
É a sede da vingança que não demora
E o ódio que habita em meu coração
Como um animal feroz: um dragão!
Nefasto e sombrio a querer se libertar
E o meu corpo tomar...

Gabriel Valeriolete

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Prólogo do Livro de Alex Amaral com Título a Definir

O crepúsculo se aproximava quando Lyner se levantou e se dirigiu para a janela. O céu estava rubro como fogo e os primeiros lampejos da lua podiam ser vistos no oriente. Dirigiu-se para a escrivaninha a fim de dar uma última conferida na carta que recebera um mês atrás: " Isto deve ser feito antes do fim do verão. Confio em você." O ar gélido da brisa noturna invadiu o cômodo, estatelando contra os móveis e o fazendo arrepiar-se.

Lyner era apenas um jovem de 22 anos quando aportou em Arcadia. A cidadela atraía muitos fidalgos e sempre vivia cheia. O comércio não podia ser praticado na cidade sagrada, o centro da religião de Pytos, e muitos vinham em peregrinação para rezar aos pés do Altar.

Lyner tinha vindo para se tornar sacerdote à serviço dos deuses e sua ascensão ao posto de cardeal foi tão rápida que aos seus quarenta anos era membro do Conselho de Arcadia, um dos sete escolhidos pelo Grande Sacerdote, líder religioso da cidade. Ele tinha alcançado seu objetivo. Seu mestre aguardava agora a cartada final para desencadear a rebelião, e ele estava a um passo. Não podia vacilar. Seu mestre tinha confiado nele, e agora tinha que retribuir a confiança.

Lyner se dirigiu ao banheiro, limpou o rosto e olhou seu reflexo. Os cabelos brancos já substituíam os loiros, as rugas iam aparecendo e sentiu seu corpo tremer. Mas não podia voltar atrás. O quebra-cabeça estava quase completo e Lyner tinha a peça que faltava. Tinha que fazê-lo, e tinha que ser agora. Pegou sua túnica negra e vestiu, colocou a adaga escondida por baixo da túnica e abriu a porta que dava para o corredor. Andava a passos largos quando foi interrompido por um estridente barulho de vidro quebrando. Seu coração disparou e por um momento achou que estivesse sendo observado, porém viu somente um gato preto saindo das sombras e os cacos do vaso estilhaçado no chão.

Continuou a andar furtivamente quando avistou quatro guardas vindo em sua direção. Se escondeu atrás de uma pilastra e os esperou passar. Voltou a caminhar segundos depois deles passarem e marchou em passos lentos pelo corredor. Seu objetivo encontrava-se na outra torre e não queria ser visto, pois significaria ter que manchar suas mãos antes da hora. Quando chegou, o pátio estava vazio e iluminado pelo clarão da lua cheia que o observava. Deu uma rápida olhada pra ver se alguém se aproximava e se arriscou a atravessar, parando para se esconder na sombra da estátua que se situava no meio do pátio.

Quando finalmente conseguiu chegar ao outro lado, ouviu uma voz rouca:

- Sua benção cardeal.

Lyner congelou. Devia manter a frieza, mas o vento frio batia-lhe no rosto, provocando súbitos arrepios. Virou para ver quem o chamava e viu uma figura pálida fitando-o com seus olhos negros como um breu. James, um jovem padre, também membro do Conselho, vestia uma túnica preta com adornos dourados. Era alto e o olhava com desconfiança.

Lyner não confiava nele. Sempre muito astuto, conseguira seu lugar no Conselho por seus serviços diplomáticos com os bárbaros do leste, que ameaçaram invadir o Reino e implodir uma rebelião. O jovem padre passou dois anos com os bárbaros e conseguiu fazê-los desistir da idéia e de sobra os converteu aos deuses e os ensinou a arte da escrita e da comunicação. A lábia de James era realmente impecável, mas Lyner não estava disposto a cair nela. Respondeu com serenidade:

- Que os deuses o agraciem.

- Me tento a perguntar o que faz aqui no pátio a essa hora Cardeal. Não acha que está um pouco frio aqui fora? - James o olhou desconfiado.

- Também tenho essa pergunta na cabeça, caro James. - não podia demorar mais tempo ali. A lua já subia um quarto de seu percurso. Tinha que arranjar um jeito de dispensar James de alguma maneira, e tinha que ser rápido. - Estou com um pouco de pressa. Caso não se importe sacerdote, tenho que ir rezar aos deuses no Santuário de Yoshi pelo bem da paz do Reino.

- Não vejo necessidade, Cardeal. O Reino não sofre de nenhum ameaça e a paz reina há mais de cinqüenta anos. A única vez que estivemos na iminência de uma guerra, cuidei para que nada ocorresse. Creio que não se esqueceu deste pequeno detalhe Vossa Eminência.

- Logicamente que nunca me esquecerei dos serviços prestados pelo senhor. Mas rezo todas as noites pela paz. Nunca se sabe quando algo pode nos surpreender. - e você não faz a mínima idéia, assim espero, pensou.

Entretanto, aquela conversa estava se estendendo por demasiado, e Lyner não tinha mais tempo.

- Com licença, mas preciso ir. Estou ficando velho e meu corpo não agüenta tanto frio.

- Perdão senhor Lyner, não quis atrapalha-lo. Saí um pouco para tomar ar fresco quando vi um punhado de guardas se dirigindo para a Torre Sagrada. Resolvi ir ver o que havia acontecido e quando cheguei lá me espantei com a cena. Foi realmente cruel. Vou ir chamar a Guarda Sacra. Aconselho-o a manter-se longe da Torre Sagrada.

- O que exatamente o senhor viu, James? - um calafrio percorreu a espinha de Lyner. Terá alguém sido mais rápido que eu?

- É uma cena realmente difícil de descrever. Sugiro que vá pessoalmente à Torre, Cardeal.

Lyner estava inquieto. Mexeu-se rapidamente em direção à Torre Sagrada, onde residia o Grande Sacerdote. Quem poderia ter pensado em invadir os aposentos do Rei de Arcadia?
A Torre Sagrada era uma fortaleza reduzida, não tão grande como um castelo, mas suficiente para abrigar cinqüenta pessoas. Era guardada noite e dia e todo aquele que entrasse devia ter uma permissão do Rei de Arcadia. Todos passavam por uma rigorosa revista, pois não era permitido a entrada de armas na Torre. Era também o aposento de Mestre Arford, Sacerdote de Yoshi, Rei de Arcadia, Grande Sacerdote Regente de Pytos, o homem mais influente de todo Reino. Mestre Arford era velho e com a idade veio a sabedoria. Sabia diversas poções e magias, e também diversas línguas como o Idioma Comum, falado em todo Reino, o kyriano, falado além do Mar de Tosh e diversas outras coisas. A inteligência do Grande Sacerdote também era louvável e nenhum homem se comparava à sua grande mente pensante. Mas a maior virtude de Mestre Arford não era sua sabedoria, nem o conhecimento das magias ou poções, mas a sua bondade e justiça. Era venerado em todo lugar que ia e não havia uma única pessoa que não se encantasse ao vê-lo.

Lyner não queria que isso acabasse assim. Desejou, nos anos que cresceu em Arcadia, que esse dia nunca chegasse. Mas chegou, e Lyner tinha feito um juramento de sangue. Conhecia pouco Mestre Arford e agradeceu aos deuses por isso, pois temia que tivesse algum tipo de vínculo com ele e isso o fizesse fraquejar. E nessa hora sabia que tinha que ser forte.

Chegando à porta da Torre, viu que os homens que vigiavam a entrada estavam caídos. A escuridão da noite atrapalhava a visão, mas sentia o cheiro de sangue. O que quer que tivesse acontecido não importava mais. Tinha que se apressar e verificar a situação. Terá alguém sido mais rápido que eu? Lyner sentiu o coração palpitar cada vez mais forte contra seu peito. Quando colocou a mão na maçaneta sentiu seu suor escorrer pelo rosto. Abriu cuidadosamente a porta e adentrou o grande saguão. Estava completamente apagado e não se podia ver nada. Andou a passos lentos até a escadaria que se encontrava logo em frente e subiu. Cada degrau aumentava a tensão do momento. O quarto de Mestre Arford encontrava-se no segundo piso à direita, próximo ao Santuário de Yoshi. Ao chegar ao topo, Lyner ouviu um barulho de lâminas em choque. Se apressou até o quarto do Grande Sacerdote e viu uma figura coberta por um manto negro. Não tinha cabelo e sua barba escorria até a altura do peito. Lyner conhecia aquela pessoa e não acreditava que aquilo pudesse estar acontecendo. Um corpo recém morto jazia no sopé da cama. Vestia uma placa de aço e um manto branco-carmim da guarda de Arcadia. Os olhos vermelhos do velho o encararam por um instante até que ele avançou, segurando a adaga coberta de sangue e ameaçando um golpe. Lyner desviou. Quando a luz da lua refletiu na esbranquiçada face do homem, percebeu que era a pessoa que imaginava.

- Mestre Arford!

O medo o cobriu e sentiu seu corpo estremecer mais intensamente do que antes. Retirou a adaga de baixo do manto e a ergueu em direção ao Rei de Arcadia. O que será que aconteceu com ele? pensou Lyner. Não entendia porque Mestre Arford havia matado aquele homem e começava a desconfiar que também tinha matado o resto da guarda. Como um homem tão velho poderia ter derrotado vários soldados armados de lanças e espadas? Mas aqueles olhos vermelhos não eram dele.

Mestre Arford avançou novamente e os dois se enroscaram e rolaram pelo chão. A adaga o havia pego de raspão, mas via que a pele do braço do velho tinha se desprendido, revelando a carne e o osso empapados de sangue. Lyner se aproximou do soldado morto e pegou sua espada. Independente do que tivesse acontecido ao velho, tinha que cumprir sua missão. Não podia falhar, seu mestre confiara nele por dezoito anos. Avançou e golpeou o Grande Sacerdote e as espadas tilintaram ao som do aço. O Rei de Arcadia mantinha-se firme e tinha uma força descomunal, mas o sacerdote lançava-lhe golpes duros. Por um momento o velho fraquejou e começou a se contorcer. Essa é a minha chance. Sem pensar duas vezes, Lyner cravou a espada bem no coração. Os olhos vermelhos deram lugar aos verdes e Mestre Arford balbuciou.

- Lyner, o reino corre um grande perigo. Ele se infiltrou no Conselho de Arcadia e não duvido que também tenha se infiltrado na corte do Rei. Tenha muito cuid...

Lyner deu outro golpe com a espada, este agora bem na testa. Tarde demais Mestre Arford. Sua missão havia se completado. Matara o Rei de Arcadia e agora seu mestre podia completar seu plano. Era uma pena que não poderia ver o triunfo de seu tutor. Sua existência não era mais necessária e não podia correr o risco de alguém conseguir arrancar-lhe os planos que ele preparara. Pegou a espada e enterrou-a no peito. Sentiu o sangue escorrer pelas mãos e a vida se esvaindo. Vislumbrou a lua pela última vez. Ninguém foi mais rápido que eu.

Alex Amaral

domingo, 18 de dezembro de 2011

Holocausto de Gabriel Valeriolete

(Obra publicada no livro Dias Contados 2 - Contos sobre o fim do mundo)



Atordoados, voltaram seus olhos para os céus, uma última vez. Entretanto, já não se viam olhares de esperança ou de oração, apenas súplicas e pedidos de piedade, exclamados pelos olhares, numa gritaria ensurdecedora velada no silêncio insano daquele instante. O silêncio da espera, o silêncio do fim.

A enorme bola de fogo pôs-se a descer do alto dos céus, seguida por um rastro de luz que varria toda a vasta escuridão noturna, dividindo-a, cortando-a, enquanto ameaçava fazer o mesmo com cada uma das almas que o observavam, tenebrosas. E, quando a bola atingiu o chão, foi como o amanhecer, como se o próprio Sol tivesse despertado no meio da madrugada e se precipitado sobre a Terra. A noite virou dia, e a luz cegou aqueles mesmos olhos suplicantes, que agora suplicavam apenas que fosse rápida a morte, e que realmente pudessem habitar um lugar melhor.

Um enorme estrondo ecoou, minutos depois da bola de fogo ter atingido o solo. Primeiro veio o vento, impiedoso, arrastando tudo o que estivesse pelo caminho, e, com ele, uma onda de mais de 10 metros, não de água, mas de terra; varrendo o que sobrasse, se é que poderia sobrar algo. E, então, todos os olhos finalmente se fecharam.

Gabriel Valeriolete

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Boas Vindas à Todos

O blog já está em funcionamento, podem postar suas atualizações como rascunho, eu vou verificá-las e publicá-las.

Quanto ao projeto Romance em Conjunto, segue o enredo que discutimos na última reunião:

A história é uma história clássica de fantasia medieval pois esse tema parece agradar ao maior número de escritores, sendo também fácil de compor visões de mundo bem diferentes, e encaixar um grande número de personagens.

A história é escrita em versões, cada personagem conta sua versão da história central e a união dessas versões vai gerar o livro em si. Cada autor deve ficar encarregado de uma versão, portanto da visão de mundo de um personagem.



O mundo onde se passa a história se divide em três ambientes: Um castelo central, aldeias no seu entorno e uma floresta mística a rodeá-los.

As raças que existem nesse mundo são:

- Humanos; --> Habitam o Castelo e as Aldeias.



- Elementais: Elfos, Fadas, Duendes...--> Habitam a Floresta.

- Animais Míticos - Híbridos (Centauros, Minotauros, Grifos, Sátiros, etc), Transmorfos (como lobisomens e outras criaturas amaldiçoadas), Orcs, Goblins e, é claro, dragões. --> Habitam a Floresta também.



A história começa com uma poderosa batalha entre Cavaleiros humanos e Elfos que trás muita destruição para uma das aldeias, muitas pessoas morrem e algumas desaparecem nessa batalha. Naquela noite, a lua sofre um eclipse que a deixa vermelha, o fenômeno é chamado Lua de Sangue, e voltará após 15 anos.


Cavaleiro: Esse é um dos personagens que narra a história. Ele descreve a batalha primordial e seu ódio aos elfos, que um dia atacaram as aldeias humanas sem motivo algum. Ele é na verdade o chefe da guarda e após a batalha fica incumbido de vigiar o castelo. Aos poucos, coisas estranhas vão aproximando ele da verdade do castelo. No final ele descobre que o seu rei é apenas o fantoche de um poderoso dragão, o último deles ainda vivo, que o usa para controlar todos os vilarejos e que mantém a guarda de uma criança que foi capturada em meio à batalha que dá inicio à história. Quinze anos depois, numa nova lua de sangue, o rei-dragão matará a criança, num ritual maligno que o dará imenso poder. Quando o cavaleiro descobre já era tarde demais, a criança estava morta, mas por algum motivo o Rei-Dragão não conseguiu os seus poderes almejados. O cavaleiro inicia uma revolução e ajuda um outro jovem a entrar no castelo com o intuito de matar o dragão. Sugiro Letícia Nardi para fazer essa narração, com sua afeição por histórias policias ela poderia desenvolver bem a história de mistério e todo o caminho de investigação e as pistas que levaram o cavaleiro a descobrir a verdade.

Criança 1: Outro personagem que narra a história. Foi separada de seus pais e seu irmão gêmeo e foi levado para morar no castelo, onde foi criado com todas as regalias, como se fosse o príncipe, até o dia que completa 15 anos de idade e é morto por quem pensava ser seu pai, o Rei-Dragão.

Rei Dragão: O vilão da história que manipula os outros e tem uma insaciável sede de poder. Este serei eu.



Ama: A ama de leite da criança do castelo, que cuida dela desde pequena. Desenvolveu um grande afeto pela criança e dá a sua vida para tentar impedir sua morte.

Criança 2: O irmão gêmeo da criança 1, que também foi raptado na batalha Cavaleiros X Elfos, mas que foi raptado pelos Elfos. Tanto Elfos quanto o Rei Dragão previram que a criança iria nascer numa Lua de Sangue e invadiram os vilarejos para procurar os recém-nascidos. Mas nasceram gêmeos naquela noite e as crianças foram separadas, sem que nenhum de seus raptores soubessem da existência de outra criança. Assim ambos esperam a próxima Lua de Sangue que é quando o Rei Dragão matará a criança pra conseguir seu pode pleno, mas que é também a única época em que a criança pode matar o dragão acabando com seu reino de terror. A segunda criança foi treinada pelo Povo das Fadas para matar o dragão, mas a Lua de Sangue se adiantou e a criança teve que enfrentar seu objetivo sem sequer ter completado seu treinamento. Quem ficar com essa visão pode explorar o medo da criança de cumprir o seu destino, a tentativa de fugir dele, o drama do herói e o preconceito que alguns Elfos tinham com a criança por acharem humanos criaturas inferiores e culparem a criança por tudo aquilo que estava acontecendo.

Fada: A mestra da criança 2 que participou da batalha inicial e que a treina para enfrentar o Rei Dragão.

Amiga: Uma fadinha filha da mestra da criança 2 que é treinada junto com ela e por quem a criança 2 se apaixona.

Amigo: Um outro Elfo que foi treinado pela mestra junto com ambos e que também se apaixona pela Amiga.

Resumindo...

A história começa numa lendária batalha entre Elfos e Cavaleiros num dos povoados no entorno do castelo numa noite de lua sangrenta. Duas crianças são raptadas, uma pelos Elfos passando a viver na floresta e outra pelos humanos, passando a habitar o castelo.

A partir daí a história vai se separar e se desenvolver em dois núcleos, que devem ser escritos por dois grupos de escritores podendo eles se encontrarem independentemente. O grupo da Floresta, formado pela Criança 2, Fada, Amiga e Amigo e o Grupo do Castelo, formados pelo Cavaleiro, Ama, Rei Dragão e Criança 1.

As duas vertentes da história convergem no final, na nova lua de sangue. Nessa parte os dois grupos irão se encontrar e discutir o que foi escrito nas duas versões da história para chegar ao melhor final.

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